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artigo 23 de junho de 2023

A importância de uma governança corporativa na empresa familiar

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Por Wallace Jonatan

Os negócios familiares fazem parte de uma grande parcela da economia brasileira e são extremamente importantes para os mais diversos setores. Acontece que muitas dessas empresas operam com um alto grau de informalidade, tendo assim um grande desafio de gestão profissional capacitada para o cenário comercial. A governança corporativa surge nesse cenário como uma forma de superar essas e outras dificuldades.

Conforme o desenvolvimento e crescimento da empresa, a governança corporativa faz-se necessária cada vez mais, em virtude da importância de aperfeiçoar a gestão, criar uma estrutura bem alinhada, garantir a transparência e separar as funções de cada sócio.

É importante entender que o sentido da governança é o de administrar, dirigir, orientar, organizar e elaborar estratégias para a tomada de decisões assertivas no ambiente corporativo, decisões essas que devem ser pautadas na ética, transparência, segurança, crescimento e geração de resultados. É considerada indispensável, porque o intuito é o aprimoramento e otimização dos processos administrativos da empresa de forma estratégica. Desse modo a governança nas empresas busca:

  • Direcionar, monitorar e avaliar as etapas da gestão empresarial;
  • Viabilizar o estabelecimento de responsabilidades nas estruturas organizacionais; 
  • Otimizar a tomada de decisões de forma estratégica;
  • Analisar riscos de mercado;
  • Aumentar a rentabilidade de uma empresa;
  • Tornar processos internos mais eficazes;
  • Padronizar periodicamente fluxos na equipe;
  • Garantir a transparência nos processos administrativos.

O negócio familiar enfrenta os mesmos cenários e desafios dos outros empreendimentos, entretanto, possui algumas particularidades que precisam de uma maior atenção. Essas empresas, contém três esferas estruturais que demandam alinhamento e harmonização, são elas: família, propriedade e gestão, cada um com necessidades, expectativas, demandas, direitos e deveres específicos, que devem ser conciliados da melhor maneira possível de modo a evitar desentendimentos e disputas judiciais que podem levar a sociedade à falência.  

Um estudo realizado pelo IBGC e pela Pwc, no ano de 2019, apurou que discussões antecipadas sobre governança corporativa em empresas familiares contribuíram para a longa duração dos negócios.

Isto porque uma divergência ou conflito em qualquer uma das esferas repercute nas demais, tendo o efeito cascata, sendo assim é necessário a compreensão das particularidades de cada área para o desenvolvimento de sistemas eficazes de mitigação de riscos que impactam a sobrevivência da organização.

Outro ponto que vale frisar, é que independentemente do porte da empresa familiar, não há um passo a passo pronto, ou um caminho pré-definido de sucesso, pois cada empresa demanda uma análise e estratégia adequada às suas necessidades. Cada negócio tem suas características e momentos de mercado, de participação ou não dos fundadores na administração, das inserções de herdeiros no envolvimento da empresa e outras questões que devem ser analisadas e que definirão os instrumentos de governança que são adequados e poderão ser implementados, com o intuito em agregar valor ao negócio familiar.

A governança corporativa, portanto, é uma ferramenta que busca uma forma de definir os papéis de cada membro da empresa, alinhar os critérios de tomada de decisão e criar os mecanismos adequados de gestão, respeitando sempre os desejos da família e a sustentabilidade do negócio. Vale mencionar que o processo não precisa ser implantado de imediato, e nem em sua totalidade, visto que existem alguns casos que instrumentos simples de governança corporativa foram suficientes para garantir uma harmonia e boa gestão da empresa. Em razão disso, as práticas devem ser flexíveis e adaptadas à realidade e necessidade de cada organização, sendo no geral, baseada nos princípios abaixo: 

Transparência: É importante demonstrar transparência interna e externamente, para alcançar a confiança, que é um ponto forte para a empresa atingindo os colaboradores, herdeiros, executivos, parceiros, gerando valor à companhia, devido às mudanças perceptíveis no dia a dia, assumindo um cenário de que a empresa é confiável e prática seus valores.

Hierarquia clara: Dividida por funções, levando em conta as habilidades de cada membro da equipe. Todos os colaboradores precisam saber a quem recorrer para alinhar suas expectativas, definir tarefas e elencar prioridades.

Prestação de contas: Apresentar informações de gastos e controle periodicamente a todos, contribui para o alinhamento dos mesmo objetivos, facilitando também a fiscalização de todos sobre as ações realizadas, diminuindo a desconfiança e evitando prejudicar as relações.

Equidade: Estabelecer condições justas e igualitárias de tratamento a sócios, colaboradores, clientes, fornecedores e outros profissionais envolvidos no dia a dia da organização melhora o engajamento e a transparência.

Conselhos Consultivos: Composto por três a cinco profissionais de diferentes perfis, vivência de mercado e que já passaram por vários desafios nas suas carreiras. Esses profissionais de confiança viabilizam que cada tarefa seja resolvida em um departamento, otimizando tempo e tornando o fluxo mais organizado.

Responsabilidade corporativa: O dever de zelar pela viabilidade econômica financeira da empresa em todos os prazos futuros, visando garantir um longo período de atividade empresarial e mantendo um modelo de negócio sustentável.

Em conclusão, é importante as empresas familiares aderirem à governança corporativa visando uma melhor adequação do modelo de negócios, com uma gestão eficiente e profissional que futuramente independente de conflitos internos não sofrerá com os deslindes familiares. Além disso, a adoção desta medida pode trazer benefícios, como a transparência e a possibilidade de atrair investimentos, além disso, esta solução é altamente compatível com a realidade atual, onde os negócios familiares têm ganhado cada vez mais importância e relevância no cenário econômico do Brasil.

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